Graças à minha professora de francês – que era fascinada pela Carla Bruni - conheci um pouco mais de suas músicas. Mas tenho que confessar, Carla Bruni só é possível em doses homeopáticas. Uma vez lá que outra... aquela voz linda e meio sussurrada tem limite. Não me condenem, mas é assim também com Edith Piaf. Uma voz peculiar e encantadora, mas por duas ou três músicas. Só.
Com um francês básico que tenho, consegui detectar somente algumas palavras, expressões, que mesmo às vezes soltas, encantam-me. Na verdade, não canso de me encantar, a cada dia mais, com francês. Que idioma mais lindo, poético, romântico, chique, inspirador... tuudo!
“Quatre consonnes et trois voyelles, c'est le prénom de Raphaël. Je le murmure à mon oreille et chaque lettre m'émerveille” Como isso pode não ser LINDO?
E isso? Quand il me prend dans ses bras, Qu'il me parle tout bas, Je vois la vie en rose! Que merece tradução: Quando você me prende entre seus braços e susurra, eu vejo a vida em cor de rosa!
Essa música em especial, a La Vie en Rose, pra mim é um paradoxo. A versão original, de Edith Piaf, me transmite, através da melodia, uma música sofrida e até mesmo um pouco depressiva. Em geral, uma canção triste. Só que, ao analisar a letra, é completamente ao contrário. Uma letra de amor, de romance, de felicidade. “C'est lui pour moi, moi pour lui dans la vie. Il me l'a dit, l'a juré, pour la vie”.
Por isso, gosto da versão da banda Pomplamoose. Acho que mantém o drama original, mas transmite um pouco mais da alegria da letra.
Bom... voltarei ao mundo real e ao português que me resta. Já que a França só em planos, futuros, quem sabe... :)