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quarta-feira, 1 de abril de 2009

O fruto proibido II

Mais uma singela história adolescente de amores impossíveis é o que se pensa ao assistir o filme Crepúsculo no cinema. Engana-se quem se deixa levar pelas produções hollywoodianas. Stephenie Meyer, escritora da obra, reserva para os leitores um mundo sombrio e fascinante, nada comparado às imagens.
Um amor tão intenso que chega a doer no leitor. A transparência dos pensamentos e sentimentos de Bella, personagem principal, faz da história uma narrativa quase real, que chega a desvirtuar o raciocínio lógico do leitor - afinal vampiros só existem na literatura. O comportamento incoerente de Bella é o que fascina a temática. A falta de medo frente ao perigo mortal e a persistência em decisões impossíveis, transporta o leitor para a cidade de Forks, onde se desenvolve a história, e os transforma em membros da família Swan ou Cullen – conforme a preferência.
É claro que as revelações aparentemente não se tornam tão surpreendentes para o leitor, quanto para Bella. Somente por ler o resumo nas abas laterais do livro, descobre-se que Edward Cullen é vampiro e que com Bella formará um casal. Mas ao decorrer da leitura essas informações parecem desaparecer do pensamento. Cada susto, novo pensamento e descoberta da natureza de Edward, surpreendem e chocam o leitor, construindo aos poucos, como inédita, a identidade do rapaz.
A construção de um mundo paralelo, inquestionavelmente fora da realidade humana, desperta a imaginação com desejos ocultos do leitor. Ao final da obra, a não existência de vampiros é deprimente – por mais incoerente que possa soar -. A convicção, por meio de evidências tão lógicas, que a autora remete perante a vida da família Cullen os torna tão reais, que é possível até mesmo sentir saudades dos personagens. Graças que a saga continua por mais três livros!!

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