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segunda-feira, 7 de abril de 2008

Shakespeare em verde e amarelo

Inspirado em um Best-seller de Shakespeare, A Décima Segunda Noite, escrito por Luis Fernando Verissimo, é um livro surpreendente do início ao fim. Verissimo realiza uma adaptação de um clássico da literatura romântica e, como de costume, de maneiras mais irreverentes possíveis.
O livro faz parte da Coleção Devorando Shakespere, que apresenta diversas releituras de obras do poeta inglês. A Décima Segunda Noite, segundo volume dessa coleção, tem como base a tragicomédia Noite dos Reis, escrita a mais de 400 anos. O enredo apresentado na obra original é um triângulo amoroso, envolvendo um duque, que para se aproximar de uma jovem condessa, pede ajuda para uma moça, que por vias do destino, está se passando por um homem. Como uma boa tragédia, a jovem condessa se apaixona pelo mensageiro, que na verdade é uma moça. E a moça/moço, por sua vez, apaixona-se pelo duque.
Transposto para a contemporaneidade, a obra de Verissimo, mesmo utilizando situações, e narrador diferentes, mantém o mesmo trama. O autor define seu novo livro como sendo uma co-autoria entre ele e o bardo inglês. “Shakespeare forneceu a trama básica, e eu entrei com o resto”, explica.
A história tem como palco a França, mais especificamente Paris, e mostra a cidade de uma maneira muito peculiar e íntima, destacando lugares e situações típicas de um parisiense, conseguindo transpor o leitor e melhor contextualizá-lo.
No entanto, Verissimo não perde sua brasilidade, apresentando como um dos vértices do triângulo amoroso, Violeta, uma brasileira, recém chegada à Paris e, principalmente, traz como narrador da trama Henri, um papagaio francês, de penugens cinzas – o verde e amarelo é pura tinta -, que, dentre suas características, pode-se destacar sua tagarelice, egocentrismo e bom humor.
Dentre um devaneio e outro, dentre uma recordação e uma revelação, Henri, com seu inseparável gravador, conta a história, um tanto quanto, trágica de um triangulo amoroso. Orsino, típico galanteador burguês, compra um salão de beleza – que conta como parte de sua decoração tipicamente brasileira, Henri -. Ele se apaixona por Olívia, que, por sua vez, não lhe dá a menor atenção, devido a seu luto pela morte do irmão. Violeta e seu irmão gêmeo, Sebastião, logo ao chegar à Paris, se desencontram, tendo que a moça, para conseguir manter-se na cidade, trabalhar no salão de beleza de Orsino. Para tal trabalho, Violeta precisa se transformar em homem e vira, então, César. Orsino, na tentativa de libertar o coração de Olívia, pede ajuda para César(Violeta), fazendo-o de mensageiro e intermediário entre os dois.
Como uma típica obra shakespereana, o plano de Orsino não tem o resultado esperado, e Olívia se apaixona por César(Violeta), e Violeta por Orsino. Está feita a confusão!
O fim deste enredo não poderia fugir dos padrões literários clássicos, mantendo o final original – com uma pitada de tragédia.
Verissimo apresenta uma grande diversidade narrativa, - é capaz de citar John Lennon e Kiekegaard numa mesma frase- conseguindo mesclar comédia, drama, romance, tragédia em uma só obra.

3 comentários:

Tô achando um monte de gente hoje o/

Tchê, o que eu mais sinto falta no MSN é o /quit (sim, eu li o post de baixo e não este). E admito que há agm tempo ainda joguei no IRC, pq pelo menos o #gamagame a BrasIRC manteve.

E o que é que tem falar PVT se referindo ao MSN, heim? Eu falo! Tá, eu não sou parâmetro, pq ainda chamo os ônibus que vão pro Laranjal de Sopel... mas vai dizer que já ouviste agm chamar as janelas do MSN de "Conversa"? Até parece!

Beijo ****:

aaah bem interessante :D
vou dá uma procurada nesse livro então!!

beijoca florzinha!!

Olah carol, mto bem recomendado o livro, Luis Fernando Verissimo é sempre uma leitura incrível e uma experiência inédita...beijosss!!!!!!

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